13 Mayıs 2008 Salı

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Vladimir Ilitch Lenin ou Lênin (em russo Влади́мир Ильи́ч Ле́нин, Vladímir Ilítch Lyênin), nascido Vladimir Ilitch Uliânov (Влади́мир Ильи́ч Улья́нов, Vladímir Ilítch Uliánof) (10 de abril/22 de abril de 1870, Simbirsk, atual Ulyanovsk - 21 de janeiro de 1924, Gorki próximo de Moscou) foi um revolucionário russo, responsável em grande parte pela execução da Revolução Russa de 1917, líder do Partido Comunista, e primeiro presidente do Conselho dos Comissários do Povo da União Soviética. Influenciou teoricamente os partidos comunistas de todo o mundo. As suas contribuições resultaram na criação de uma corrente teórica denominada Leninismo. Foi, para o historiador Eric Hobsbawm, o personagem mais influente do século XX.[1] O seu pseudónimo de "Lenine" provém de que foi exilado para uma terra das margens do Rio Lena, ou seja, provém do nome desse rio.[carece de fontes?]

Índice

[esconder]
  • 1 Origens
  • 2 Juventude
  • 3 O irmão
  • 4 Estudos de direito em Kazan
  • 5 Doutrinação
  • 6 Críticas
  • 7 Principais obras
  • 8 Notas
  • 9 Ligações externas
    • 9.1 Principais obras para leitura

Origens

Seu pai Ilia Uliánov foi um funcionário liberal, do tipo estritamente apolítico. Era inspector das escolas da Província de Simbirsk, e um homem extremamente religioso, que apoiava as reformas de Alexandre II e que aconselhava os jovens a não cairem no radicalismo.

Durante a vida de Lenin, a sua origem nobre foi largamente ignorada; foi apenas quando Stalin desejou realizar uma mitologização de Lenin como um ente semidivino e fonte da legitimidade do seu próprio poder, que os problemas começaram. Segundo Orlando Figes e outros, esta origem nobre foi uma fonte de embaraço para os biógrafos stalinistas, que escolheram ressaltar, entre os antepassados de Lenin, seu avô paterno, Nikolai Uliánov, filho de um servo, que trabalhou como alfaiate em Astrachan, no Volga. Apenas Nikolai era em parte calmuco (e sua mulher Anna, completamente) (Lenin tinha feições claramente típicas dos mongóis) e isso era inconveniente para o nacionalismo grão-russo do regime stalinista. Sob este ponto de vista, os antepassados de Lenin do lado materno eram ainda mais embaraçosos. Maria Alexandrovna, a mãe de Lenin, era a filha de Alexánder Blank, um judeu converso, que se fez médico e dono de terras em Kazan. Ele era filho de Moiche Blank, um comerciante judeu de Volínia, que casou com uma sueca chamada Anna Ostedt. Os antepassados judeus de Lenin foram sempre silenciados pelo regime stalinista; quando foi sugerido a Stalin, por Anna Uliánov em 1945[carece de fontes?] que tais fatos pudessem ser usados para combater o Anti-semitismo, Stalin ordenou que "nenhuma palavra" fosse repetida sobre isso.

Juventude

Lenin em 1887
Lenin em 1887

De acordo com Orlando Figes: "Ao contrário do mito soviético segundo o qual Lenin ainda de fraldas já era um avultado teórico do marxismo, o líder da revolução bolchevique entrou relativamente tarde para a política. Com 16 anos de idade ele era ainda religioso e não mostrava qualquer interesse na política. No liceu em Simbirsk, as suas principais cadeiras foram filologia clássica e literatura".

Por ironia do destino, o director do liceu de Simbirsk onde Lenin estudou foi Fiodor Kerenski, pai do futuro rival de Lenin, e que escreveu em 1887 (último ano de liceu de Lenin) um relatório exemplar sobre este jovem: "Religião e disciplina foram a base da sua educação, cujos frutos se tornam claros nas suas excelentes maneiras".

Ao terminar o liceu, nada indicava que Lenin se viria a transformar num revolucionário. Orlando Figes: "tudo indicava antes que ele iria seguir os passos do seu pai e fazer uma excelente carreira na burocracia czarista".

E ainda Figes: "Na sua juventude (Lenin) era orgulhoso de se poder designar como "filho de um nobre". Uma vez descreveu-se mesmo na polícia como "Vladimir Ulyanov, de nobre família". Após a morte de seu pai, sua família vivia confortavelmente dos arrendamentos e das vendas dos terrenos de sua mãe. No entanto, ele, como tantos outros jovens promissores de classe média da época, acabaria por alienar-se do regime czarista devido à severidade com que este agia para marginalizar elementos tidos por politicamente suspeitos.

O irmão

O irmão mais velho de Lenin, Alexandre Uliánov, ainda com 21 anos, um estudante em São Petersburgo, envolveu-se no grupo terrorista Pervomartovtsi e foi um dos cúmplices numa das muitas tentativas de assassinar o Czar Alexandre III da Rússia. Foi condenado à morte em 1887. Isto teria grandes consequências para o irmão, que se radicalizaria nos anos seguintes.

Estudos de direito em Kazan

Nesse ano de 1887, Lenin, com 17 anos de idade, foi estudar direito em Kazan. Ali, logo tomou contacto com um outro grupo de revolucionários moldados no Vontade do povo. Ainda nesse ano, foi preso, juntamente com outros, numa manifestação de estudantes movida por reivindicações de cunho estritamente acadêmico. Como consequência, foi-lhe proibida a continuação dos estudos. Em 1890 foi readmitido na Universidade, porém apenas como estudante "externo" autorizado a prestar exames anuais, mas não a freqüentar a universidade.

Doutrinação

Foi nestes anos que Lenin se tornou um marxista. Sua primeira grande paixão revolucionária, no entanto, foi Tchernichevski e em particular sua obra Que fazer?, que o "converteu" definitivamente ao ideal revolucionário, anos antes de ter lido Marx. A obra de Tchernichevski falava da criação de um "novo homem" russo através da auto-disciplina e da auto-estilização, capaz de superar o que o senso comum da época considerava serem os traços comuns da "alma" russa, a passividade, a melancolia e o alcoolismo. Em Lenin, nos seus primeiros anos de marxista, existe uma convicção de que o desenvolvimento capitalista da Rússia seria uma pré-condição necessária do socialismo, na medida em que apenas a modernização industrial da Rússia, o desenvolvimento da disciplina associada à generalização do trabalho industrial assalariado, seriam capazes de elevar a consciência política do povo russo a níveis tais que tornassem possível a derrubada da autocracia czarista e a constituição de uma república democrática - contrariamente às teses dos populistas, que consideravam que o socialismo russo se desenvolveria nos quadros da comuna camponesa tradicional. Esta associação da modernidade ao capitalismo industrial, no entanto, não era uma idéia original de Lenin. Já encontrava-se nas obras do fundador do marxismo russo, Plekhanov, ao qual ele se associaria no seu primeiro exílio, no início do século XX, como redator do jornal da emigração marxista (social-democrata) russa no exílio, o 'Iskra' (centelha).

A originalidade de Lenin manifestar-se-ia na discussão sobre os estatutos do Partido Operário Social Democrata Russo, em 1903, quando do segundo congresso deste partido, no qual Lenin argumentou pela constituição de um partido centralizado e dirigido por intelectuais com intensa formação teórica marxista, em oposição à tese de um partido organizacionalmente frouxo, que limitasse-se a se enquadrar à atividade sindical do movimento operário. Para Lenin, a mera agitação sindical, desprovida de uma base doutrinária voltada para o socialismo, acabava por reduzir-se a reivindicações parcelárias por maiores salários e menos horas de trabalho, que aceitavam a exploração capitalista enquanto tal, visando apenas minorá-la. Para que tal agitação levasse à refundação socialista da sociedade burguesa, seria necessário a existência de marcos teóricos claros, associados não apenas aos interesses específicos da classe operária, mas de todas as questões sociais, políticas, culturais, religiosas etc., referentes à situação concreta da sociedade como um todo. Neste sentido, a consciência socialista, que os sindicalistas supunham ser um traço ontológico da classe operária, para Lenin só poderia chegar à mesma classe operária 'de fora' dela mesma, mediante o trabalho teórico e de agitação de intelectuais de classe média.

Críticas

A principal crítica feita contra Lenin, inclusive por alguns setores da esquerda, é em relação à sua participação na construção do Estado policial autoritário nos primórdios da União Soviética[carece de fontes?], processo este que mais tarde foi seguido e aprimorado por Stalin.

Em maio de 1919, 16 mil pessoas foram confinadas em um antigo campo czarista de trabalhos forçados chamado "katorga"[carece de fontes?]. Em setembro de 1921 foram enviadas mais de 70 mil[carece de fontes?].

Entre 50 mil a 200 mil execuções sumárias de "inimigos da classe" ocorreram durante o regime de Lenin[carece de fontes?]. Durante a Guerra Civil, em 1918, seriam executados o Tzar Nicolau II e toda a família imperial, sob suas ordens. Destaca-se também a repressão à revolta dos marinheiros de Kronstadt (Março de 1921), que resultaria na morte e na deportação de milhares de marinheiros. [2]

Segundo grande parte de seus muitos defensores[carece de fontes?], assim como grande parte da população russa[carece de fontes?], as mortes e execuções que acompanharam a tomada do poder pelo proletariado e os grandes avanços (sociais e económicos) ocorridos na URSS, não atingem a aura do maior líder socialista da história, que considerava a opressão aos inimigos da classe algo necessário para concretizar a revolução[carece de fontes?].

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